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2012 - Livro Vermelho 2013

Berberis kleinii Mattos VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 13-09-2012

Criterio: D2

Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Berberis kleinii é um arbusto da Região Sul do Brasil e do Parque Nacional do Itatiaia (PNI). Rara, a espécie tem tamanho populacional pequeno, ocorrendo em Florestas Úmidas e Campos de Altitude, sobre solo pedregoso. Todas as subpopulações conhecidas estão ameaçadas pela incidência de queimadas, porém, a subpopulação do PNI está em área protegida e isolada das demais subpopulações. Assim, é possível identificar menos de cinco situações de ameaça. Caso as queimadas não sejam controladas, poderão elevar a espécie para a categoria CR em futuro próximo.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Berberis campos-portoi Brade;

Família: Berberidaceae

Sinônimos:

  • > Berberis kleinii ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Descrita em Loefgrenia no. 24: 1. 1967.

Distribuição

Endêmica do Brasil; ocorre nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Stehmann, 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por arbustos, terrícolas (Stehmann 2012); de 1-2 m de altura (Andrade; Ribeiro, 2009).

Ameaças

3 Harvesting (hunting/gathering)
Detalhes A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650 km² de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de habitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

1.1 Agriculture
Detalhes AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescentefoi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção. Antes cobrindo áreasenormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos defragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criaçãode gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatasda perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populaçõeshumanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano(pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiroaceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola(açúcar, café e soja). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650 km² deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Espécie considerada "Em perigo" (EN) pela Lista vermelha de Santa Catarina (SEMA/GTZ-PR, 1995).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Espécie considerada "Em perigo" (EN) pela Lista vermelha do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Aespécie consta no anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de2008 (MMA, 2008) sendo considerada uma espécie "Deficiente de Dados" (DD) paraa avaliação de risco de extinção.

4.4.3 Management
Situação: on going
Observações: Espécie ocorre em Unidade de Conservação (SNUC): Parque Nacional do Itatiaia, no Estado do Rio de Janeiro (CNCFlora, 2011).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Foiconsiderada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida pelaFundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).

Referências

- STEHMANN, J.R. Berberis kleinii in Berberis (Berberidaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB005741>.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- ANDRADE, M.J.G.; RIBEIRO, P.L. Berberidaceae. In: GIULIETTI, A.M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M.J.G. ET AL. Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservação Internacional, p.95, 2009.

- OLIVEIRA, C.T. Berberidaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.178, 2009.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.

Como citar

CNCFlora. Berberis kleinii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Berberis kleinii>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 13/09/2012 - 14:27:09